SOAD – Estado da Diáspora Africana

A diáspora africana é o nome dado a um fenômeno caracterizado pela imigração forçada de africanos, durante o tráfico transatlântico de escravizados. Junto com seres humanos, nestes fluxos forçados, embarcavam nos tumbeiros (navios negreiros) modos de vida, culturas, práticas religiosas, línguas e formas de organização política que acabaram por influenciar na construção das sociedades às quais os africanos escravizados tiveram como destino. Estima-se que durante todo período do tráfico negreiro, aproximadamente 11 milhões de africanos foram transportados para as Américas, dos quais, em torno de 5 milhões tiveram como destino o Brasil.

Compreende-se que a diáspora africana foi um processo que envolveu migração forçada, mas também redefinição identitária, uma vez que estes povos (balantas, manjacos, bijagós, mandingas, jejes, haussás, iorubas), provenientes do que hoje são Angola, Benin, Senegal, Nigéria, Moçambique, entre outros, apesar do contexto de escravidão, reinventaram práticas e construíram novas formas de viver, possibilitando a existência de sociedades afro-diaspóricas como  Brasil, Estados Unidos, Cuba, Colômbia, Equador, Jamaica, Haiti, Honduras, Porto Rico, República Dominicana, Bahamas, entre outras.

Em 2003, no final da Cimeira da UA(União Africana) , que busca principalmente acelerar o processo de integração dos países africanos. A organização possui diversos órgãos para atuação em diferentes áreas e conta com a presença de todos os 55 países africanos.Nesta data os Chefes de Estado declararam (14 (XVIII) add.3):https://archives.au.int/handle/123456789/353?locale-attribute=pt

 “A União Africana decide reconhecer a diáspora africana como uma entidade eficaz que contribui para o desenvolvimento económico e social do continente. 

Em dezembro de 2014, Mohamed Ould Abdel Aziz, Presidente em exercício da União Africana, deu um mandato a Louis-Georges Tin, presidente do CRAN, para “dar corpo” à 6ª Região e tornar a diáspora de facto uma estrutura de jure.

O Estado da Diáspora Africana é composto por várias instituições.

O primeiro é o Governo do Estado da Diáspora Africana, liderado pelo Primeiro-Ministro, Sua Excelência o Dr. Louis-Georges Tin. Este Governo foi apresentado na Cimeira da União Africana em julho de 2018. O primeiro Conselho de Ministros e a inauguração tiveram lugar em Abidjan em novembro de 2018.

  • A segunda instituição é o Parlamento. Irá representar notavelmente as regiões da diáspora.

O objetivo dos africanos na diáspora sempre foi retornar à África, ou pelo menos cultivar relações com a terra de seus ancestrais. É um antigo sonho pan-africano que está se concretizando.

Para além desta reunião, é também e sobretudo para fortalecer a África pela diáspora e a diáspora pela África. Essa diáspora constitui um considerável poder político, econômico e cultural, mas esse poder permanece insuficiente porque está, por definição, disperso. Estabelecendo as conexões necessárias entre a Diáspora e o continente, criaremos unidade e, portanto, força.

Os Estados geralmente nascem de guerras, conflitos ou divisões, como o Sudão do Sul, Croácia, Paquistão e Estados Unidos. O estado da Diáspora Africana nasce contrário a um desejo de paz, unidade e desenvolvimento. O nascimento de um estado é um evento raro. A fortiori, o nascimento de um estado de uma nova espécie, um estado moderno, diaspórico, consistente com a lógica do século XXI, a lógica das redes.

Em uma África fortalecida, os jovens não se sentirão mais condenados ao exílio, expondo-se aos maiores perigos. É por isso que a Diáspora deve servir a África, com energia e modéstia ao mesmo tempo. Reconhecemos humildemente que precisamos uns dos outros e trabalharemos para o bem geral.

SOAD – Estado da União Africana (STATE OF AFRICAN DIASPORA)  a ser coordenada pelo seu Primeiro Ministro Louis Georges Tin, nascido na Martinica e residente na França. Desta forma foram formalizados os  procedimentos para cuidar da Diáspora Africana com contribuição econômica e social no crescimento do Continente Africano, pois são 330 milhões de pessoas.

A frase de Mr. Tin : “Fortalecer a África através da Diáspora e a Diáspora através da África”

Hoje em construção o Estado da Diáspora Africana está em  processo de construção também de reconhecimento de sua autoridade perante todos os países.

O Estado da Diáspora 

Em sua estruturação, o Estado da Diáspora Africana passou pela  escolha de seus 500 parlamentares representantes, nos 5 continentes, de um quadro de ministros e também na definições de projetos prioritários, entre eles a volta dos bens roubados da África pelos colonizadores, programa de incentivo de africanos retornarem para seus países e ajudarem no seu desenvolvimento, e outros mais.

Assim a Diáspora Africana unida, é uma potência a ser trabalhada com ênfase e determinação, nas ações ao redor do mundo para a diversidade ser reconhecida.

A SOAD ( ESTADO DA DIÁSPORA AFRICANA) lança no dia 1 de julho de 2020 – o Dia Internacional da Diáspora Africana em comemoração de seu lançamento em 1 de julho de 2018

No Brasil teremos 40 representantes voluntários dentro dos 100 destinados para a América do Sul que terão seus mandatos até 2023, quando haverá uma eleição e permanecerão apenas os que forem eleitos, assim como teremos votação para outros cargos dentro do governo, inclusive o Primeiro Ministro.

No caso brasileiro alguns deputados já estão efetivados, como Ivan Poli, Carlos Machado e Jader de Oliveira, Nicolau Júnior e outros encontram-se no processo.

Abaixo uma reflexão e histórico da construção da integração dos países do continente africano.

Reflexão na diáspora

Qual a verdadeira conquista?  A de armas, submissão, escravidão, exploração? Ou a cultura, representatividade crescente, reconhecimento de uma filosofia Ubuntu?

Dentro de uma matriz estruturada para subjugação, violência, desigualdade, somos cada vez mais resistentes e representativos e articuladores de soluções para o convívio pacífico, na medida do possível, quando não somos envolvidos e motivados por interesses escusos, como a guerrear, reunirmo-nos para nos enfraquecer e o poder ser mantido na estrutura de poucos egoicamente no comando.

Nesta matriz temos o continente africano que participa de várias formas para construção do mundo, antes do colonialismo e pós colonialismo. A verdadeira história está no início de ser estabelecida em todo mundo, ou seja, as pessoas deixaram de aceitar uma educação eurocêntrica e migrarem do senso comum para o senso crítico.

Então nasceu a OUA (Organização da Unidade Africana) e a criação de setores divididos em: